Sexta-feira, 24 de Junho de 2005

João Pedro, 4a classe
Titulo : As rãs
Eu gosto muito de rãs. As rãs arrotam a noite toda. As rãs são mais pequenas que as vacas e mais grandes que um pintelho. As rãs não têm pintelhos. As rãs põem ovos pela cona que depois dão râzinhas pequenas.
Se as rãs tivessem pintelhos na cona arranhavam os ovinhos que são muito pequenininhos e as rãzinhas que estão lá dentro iam morrer porque entrava água pelas arranhadelas e elas morriam afogadas e porque
quando são pequenas não têm patas e não sabem nadar. Eu também ainda não tenho pintelhos mas já sei nadar. Também ainda não tenho cona mas um dia vou ter muitas. As rãs são as mulheres dos sapos. Os sapos não têm unhas por isso não podem coçar os colhões. É por isso que eles andam com as pernas abertas a arrastar os colhões que é para os coçar. E quando se picam nos colhões os sapos dão saltos. As rãs também dão muitos saltos,por isso têm a cona sempre aos saltos. Eu gosto muito de rãs. E gosto muito de sapos.
Segunda-feira, 20 de Junho de 2005
Domingo, 19 de Junho de 2005
O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond poetizou.
Já David matou Golias.
E Leonardo extraiu-lhe a mais bela escultura...
Em todos esses casos, a diferença não está na pedra, mas no homem.
Sexta-feira, 17 de Junho de 2005
Romantismo não deve ser confundido com frivolidade, óculos cor de rosa, fuga da realidade.
Para mim, é a capacidade de viver algum tipo de encantamento, de ver coisas positivas e boas, de valorizar relações humanas que significam ternura, carinho, cuidado, estímulo.
Sem um grão de romantismo penso que a vida seria cor de cinza, sem graça, tediosa,os relacionamentos frios ou grosseiros.
Existe romantismo não só no amor, mas até no observar uma criança que brinca, ao apreciar uma bela obra de arte, ao reunir a família, ao ver um pôr de sol maravilhoso e se emocionar.
Romantismo talvez no fundo seja isso:a capacidade de se emocionar.
Autoria de Lya Luft
Segunda-feira, 13 de Junho de 2005
Numa sala de aula uma das crianças perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.
Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe.
A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?
A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.
A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta.
Ela estava vermelha de vergonha, pois não tinha nada...
A professora perguntou:
- O que você trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná- la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera o verdadeiro sentido do amor: é aquele sentimento que trazemos sincero dentro dos nossos corações!!!
ana maria braga