Terça-feira, 28 de Dezembro de 2004
Uma garotinha esperta de apenas seis anos ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo.
Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro.
Iriam se mudar para uma casinha num subúrbio, porque seu pai não tinha dinheiro para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento, condomínio...
Somente uma cirurgia muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar dinheiro.
A menina ouviu seu pai à sua mãe: "Somente um milagre poderá salvá-lo.¿
Ela foi ao seu quarto e puxou um vidro de seu esconderijo.
Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes...
O total tinha que estar exato.
Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa.
Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e foi até a farmácia.
Esperou pacientemente até que finalmente foi atendida!
- O que você quer?, perguntou o farmacêutico com voz aborrecida.
- Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão, respondeu a menina no mesmo tom aborrecido.
- Ele esta doente?
- Sim, disse ela, e eu quero comprar um milagre.
- Como?, balbuciou o farmacêutico admirado.
- Ele está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo e, por isso, que eu estou aqui.
- Então, quanto custa um milagre?
- Não vendemos milagres aqui, garotinha.
- Desculpe, mas não posso ajudá-la, respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
- Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa, insistiu a pequena.
O irmão do farmacêutico, que estava ali do lado, deu um passo à frente e perguntou a garota:
- Que tipo de milagre seu irmão precisa?
- Não sei, respondeu ela, levantando os olhos para ele. Só sei que ele esta muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro.
- Quanto você tem?, perguntou o homem.
- Um real e 50 centavos, respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
- Puxa, que coincidência, sorriu o homem. É exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão a menina, disse:
- Leve-me ate sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais.
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos. Alguns meses depois, o menino estava em casa novamente, recuperado. Foi um milagre que custou R$ 1,50, a inocência de uma criança e muito amor...
Tudo é possível quando se acredita!
desconhecido
Quinta-feira, 23 de Dezembro de 2004
Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2004
Outro dia, tentei explicar para um bando de adolescentes o que era uma máquina de escrever.
Nunca viram uma!
A melhor definição que consegui foi é "tipo assim" um computador que vai imprimindo enquanto você digita.
Acho que não entenderam nada.
Eu sou do tempo do mimeógrafo.
Para quem não sabe, é uma máquina que você coloca álcool e dá manivela pra imprimir o que está na folha matriz.
Por sua vez, essa matriz precisa ser datilografada (ver "datilografia" no dicionário) na tal máquina de escrever, sem a fita (o que faz com que você só descubra os erros depois do trabalho feito), com o papel carbono invertido...
Enfim, procure na Internet que deve haver algum site sobre mimeógrafo, papel carbono, essas coisas...
Se eu ficar explicando cada vocábulo não vou conseguir acompanhar meu próprio raciocínio.
Uma amiga me contou que o filho de 10 anos ficou espantado quando viu um telefone de discar.
Sabe telefone de discar?
É "tipo assim" um aparelho sem teclas, geralmente preto, com um disco no meio, todo furado, onde cada furo corresponde a um algarismo.
Você enfia o dedo indicador no buraco correspondente ao número que precisa registrar, gira o negócio até uma meia lua de metal e solta a roleta, que lá por dentro está presa a uma mola e faz ela voltar à sua posição inicial.
Esse aparelho serve para conversar com outra pessoa como qualquer telefone comum, desde que esteja, é claro,conectado na parede.
Eu sou do tempo em que vidro de carro fechava com maçaneta.
E carro tinha estribo e quebra vento.
Não espalha, mas eu andei de Simca, Chambord, de DKW, Gordini, Aero Willis e até de Romiseta.
Tá bom, tá bom, confesso mais.
Há pouco tempo, joão, meu filho de 8 anos, pegou um lp e ficou fascinado.
Botei para tocar e mostrei a agulha rodando dentro do sulco do vinil.
Expliquei que aquele atrito gerava o som que estávamos escutando.. mas aí ele já estava jogando o video game!
Não é que ele seja desinteressado, eu é que fiquei patinando nos detalhes.
Ele até que é bastante curioso e adora ouvir as "histórias do tempo em que eu era criança".
Quando contei que a TV, naquela época, era toda em preto e branco ele "viajou" na idéia de que o mundo todo era em preto e branco e só de uns tempos para cá é que as coisas começaram a ganhar cores.
Acho que de certa forma ele tem razão... "tipo assim"...
Autor desconhecido
Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2004